terça-feira, 7 de maio de 2013

Termos da Capoeiragem


Às vezes alguns termos são usados no meio da capoeiragem, porém, nem sempre são compreendidos seus significados.
Por mais que a concepção do termo possa mudar conforme a pessoa, lugar ou cultura, é interessante conhecermos alguns significados desses termos.

Arte com Mestre João grande

Axé


Para os Yorubás, o asé, ou mais popularmente conhecido como axé, é a "força vital". Segundo Maupoil (citado por E. dos Santos, 1986) axé é a força invisível, a força mágico-sagrada de toda divindade, de todo ser animado, de toda coisa. Não aparece espontaneamente, precisa ser transmitida. (Fonte: Rede Afrobrasileira Sociocultural)


De acordo com o Dicionário de Expressões Afro-Brasileiras da Fundação Cultural Palmares o Axé é definido como: Energia, poder, força da natureza. Poder de realização através de força sobrenatural. A palavra Axé também pode ser usada para se referir ao terreiro, Ilê Axé (Casa de Axé).

De acordo com um conceito do Candomblé: "Energia mágica, universal sagrada do orixá. Energia muito forte, mas que por si só é neutra. Manipulada e dirigida pelo homem através dos orixás e seus elementos símbolos."

Yiê

O Yiê utilizado na capoeira, é também usado na saudação ao Orixá Ogum no Candomblé "Ogum Yiê", significando "Salve Ogum".


O Yiê (Iê) usado no início de uma roda, antes da ladainha vem como forma de saudação, invocação de energias, para "fechar o corpo", para realizar um bom jogo, e também para chamar a atenção do capoeira para o momento. O Yiê usado ao final de cada jogo ou roda serve como fechamento daquele momento, chamando a atenção da bateria, dos jogadores e todos outros participantes da roda para a pausa ou encerramento.

Mandinga

Os mandingos (em mandingo: Mandinka) são um dos maiores grupos étnicos da África Ocidental, com uma população estimada em 11 milhões. Durante os séculos XVI, XVII e XVIII, cerca de um terço da população mandinga foi embarcada para a América como escravos, após a captura em conflitos. Uma parte significativa dos afro-americanos nos Estados Unidos é descendente de mandingos.
Mandinga no Brasil Colonial era a designação de um grupo étnico de origem africana, praticantes do muçulmanismo, possuidor do hábito de carregar junto ao peito, pendurado em um cordão, pequeno pedaço de couro com inscrições de trechos do alcorão, que negros de outras etnias denominavam patuá. Depois de feita a inscrição o couro era dobrado e fechado costurando-se uma borda na outra. Via de regra por serem melhor instruídos que outros grupos e possuírem conhecimento de linguagem escrita, eram escolhidos para exercerem funções de confiança, dentre elas a de capitão-do-mato. Costumavam usar turbantes, sob os quais normalmente mantinham seus cabelos espichados. Diversos negros fugidos de outras etnias, para tentarem disfarçar o fato de não serem livres espichavam o cabelo e usavam o patuá em um cordão junto ao peito, porém sem as inscrições. Os mandinga tinham o costume de se reconhecerem mutuamente recitando trechos do alcorão uns para os outros. Caso o negro interpelado não recitasse o trecho correto, o capitão-do-mato de etnia mandinga, capturaria o fugitivo imediatamente. Outras etnias viam nessa identificação entre si como um fenômeno mágico, atribuindo muitas vezes ao patuá poderes mágicos que permitiriam ao mandinga identificar os fugitivos. (Fonte: Wikipedia)

Também refere a feitiçaria, sortilégio, dificuldade provocada por arte mágica, batota.

Na capoeira, o termo mandinga é muito utilizado, mas significa o que?

Deixo aqui essa resposta de alguns grandes nomes da capoeira.


(Trecho do documentario "Mandinga em Manhattan" de Lázaro Faria)

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